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domingo, 22 de novembro de 2009

As piores obras do mundo


"Arte ruim demais para ser ignorada" - é sob esse mote que foi criado o inusitado Museum of Bad Art (Museu da Arte Ruim), nos EUA. Fundado em 1994, pelo negociante de antiquidades Scott Wilson, que recolheu boa parte do acervo em latas de lixo, o MOBA é dedicado à missão de mostrar ao mundo o melhor da pior arte existente.

Desde então, a "instituição" mantém um website e duas galerias físicas: uma do porão do Somerville Theater e outra, também no subsolo, do Dedham Community Theatre, ambos em Massachusetts.

Devido ao sucesso de público e acesso, um catálogo oficial também foi lançado: "The Museum of Bad Art: Masterpieces", com curadoria de Michael Frank e Louise Reilly Sacco.

A "valiosa" coleção gira em torno de 400 obras, sendo que parte delas pode ser conferida online.

Arte com fita adesiva


O artista ucraniano Mark Khaisman, de 51 anos, descobriu como unir seu trabalho à sua paixão pelo cinema: ele recria cenas de seus filmes favoritos usando apenas fita adesiva.
Sobrepondo pedaços do material, e depois aplicando-os sobre um painel iluminado, ele recria os efeitos de luz e sombra de cada cena.
Khaisman, que é radicado na Filadélfia, nos Estados Unidos, chega a usar até cem metros de fita e passa em média uma semana para realizar cada quadro.
Clássicos do cinema noir (como "O Anjo Mau") e filmes de suspense ("Os 39 Degraus", de Alfred Hitchcock) são seus favoritos, mas ele também faz retratos de pessoas e objetos com o mesmo material.
Cada obra sua é vendida por até US$ 10 mil.

Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe

O Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe é o mais importante galardão da arquitetura européia outorgado pela Fundação Mies van der Rohe, entidade com sede em Barcelona e criada em 1983 pela junta daquela cidade, com o objetivo de recuperar o pavilhão alemão desenhado pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe (1886 — 1969) para a exposição internacional de 1929.

Instituído em 1988, o Prêmio Mies van der Rohe foi ganho na sua primeira edição pelo arquiteto português Álvaro Siza, com o edifício Borges & Irmão, em Vila do Conde. O prêmio é atribuído de dois em dois anos, e é fruto de uma parceria entre a fundação e a Comissão Européia

Villa Tugendhat - Plantas e Elevações



cadeira Brno


A cadeira Brno foi desenhada para a sala de jantar na casa "Tugenhat"em Brno, Checoslováquia.
Phillip Johnson, arquiteto americano, escolheu a versão com estrutura em aço chato para o restaurante Four Seasons em New York, tornando-a muito popular.

Cadeira Barcelona


A Cadeira Barcelona foi projetada por Mies Van der Rohe e apresentada no Pavilhão Alemão para a Feira Internacional de Barcelona em 1929. Até hoje, uma das cadeiras mais apreciadas por designers de produto, ela é composta pelas duas peças (encosto e apoio para pés).

A Cadeira Barcelona faz parte de um projeto completo de design de interior, composta por mesas, bancos e outros mobiliários.

Mies foi um dos pioneiros no desenho de móveis com estrutura de aço tubular, permitindo a produção em escala industrial, um dos preceitos da Bauhaus, onde lecionava na ocasião.

Origem: Wikipédia

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Villa Tugendhat



A Tugendhat é uma das primeiras casas a reivindicar o estilo moderno. Seu exemplo bem sucedido colaborou na batalha pela aceitação em todo o mundo de uma nova maneira de se fazer arquitetura. Esses são alguns dos motivos que levaram a Unesco, em 2001, a adicioná-la à lista de Patrimônio Cultural da Humanidade. Tendo tal valor histórico, esta obra pode ser facilmente encontrada em livros ou internet. Porém as suas imagens mais difundidas, as simplificações feitas em muitos dos desenhos arquitetônicos publicados e os textos resumidos costumam gerar certos mal entendidos a seu respeito. O presente artigo pretende apresentar esta importante obra e, após, esclarecer os referidos enganos.

A casa

Construída na cidade de Brno, República Tcheca, esta obra de Mies Van der Rohe deveria abrigar em seus 2000m² nada menos que 11 habitantes: além dos cinco membros da família, o casal e seus três filhos, morariam ali os seis empregados (a babá, duas empregadas domésticas, o cozinheiro e o chofer com sua esposa). Para atender ao estilo de vida da família e garantir o seu conforto, um pavimento inteiro, o mais baixo, seria destinado aos equipamentos técnicos como central de aquecimento de água e central de ar-condicionado, sendo alguns deles bastante inovadores para a época.

A casa já é antiga. Foi construída entre 1928 e 1930, uma época em que, por exemplo, não havia televisão. Ao invés de passarem horas sentados diante dela, um dos principais divertimentos da família era dançar. O patriarca, Fritz Tugendhat, também era fotógrafo e cinegrafista amador. Daí a casa ter uma sala de projeções para filmes e uma ampla documentação iconográfica da família durante os anos em que viveu ali. Sendo antiga, a casa incorpora hábitos hoje obsoletos como quartos separados para o casal. Porém, afora esses detalhes, suas linhas não envelheceram. Aliás, os móveis concebidos especialmente para ela são vendidos com sucesso até hoje, podendo ser freqüentemente vistos na mídia.

Segundo Fritz Tugendhat: “Nós procurávamos por luz, ar, clareza e honestidade e, logo após conhecermos Mies Van der Rohe, o contratamos” (2). Em setembro de 1928, ao visitar o terreno, Mies fica encantado. Mesmo considerando as dificuldades impostas por sua abrupta declividade, ele logo percebe que as vistas e as condições de insolação são muito favoráveis. A visual à sudoeste tinha como horizonte o centro da cidade, incluindo monumentos históricos como o castelo Spilberk. Esta orientação poderia receber grandes aberturas para garantir o aquecimento da casa durante o rigoroso inverno, sem problemas de perda de privacidade, pois esta face se voltava para o interior do terreno. Era a oportunidade ideal para realizar o conceito de abrir o espaço interno para o exterior através de uma ampla pele de vidro. Esta pele torna-se uma das características marcantes do projeto.

O edifício é organizado por Mies em três pavimentos, sendo que apenas o mais alto fica visível desde a rua, já que os outros dois encontram-se semi-enterrados. Os diferentes planos e volumes que compõem o edifício são dispostos assimetricamente. Eles podem ser interpretados da seguinte maneira: como um pódio sobre o qual “paira” um plano, a cima do qual repousam duas caixas que são conectadas entre si e com uma terceira caixa à noroeste (mais vertical, abrangendo todos os pavimentos) por meio de um plano (cobertura). Complementando existem dois volumes menores: a sacada adicionada à caixa à noroeste e o volume vertical da chaminé, contrastante com a horizontalidade que predomina na fachada nordeste.

No volume a noroeste, dotado de acessos próprios, estão localizadas as áreas de serviços e os quartos dos empregados. Contrariando uma disposição convencional de usos, a área íntima se localiza no mesmo nível da rua. Uma “caixa” a sudoeste abriga os quartos dos donos da casa, enquanto outra, a leste, abriga os quartos das crianças e da babá. Todos os membros da família têm seus quartos abrindo para um terraço privativo de onde se tem a vista da cidade. Ligando estas duas caixas e protegido por um plano de cobertura, há um “volume virtual” de vidro leitoso onde se localiza o acesso. Na área externa e coberta adjacente, os usuários podem sair do carro protegidos das intempéries. Descendo a escada em leque do hall, encontra-se a área social do lado sudeste e as zonas de serviço a noroeste. No pavimento inferior, que formalmente funciona como pódio, fica a área técnica da casa. Assim, ao localizar a zona dos empregados a noroeste e a zona dos moradores à sudoeste, Mies garante aos últimos as melhores visuais, uma ótima orientação solar e privacidade. O arquiteto também consegue obter uma ampla área de jardim e uma maior distância dos vizinhos implantando o edifício na ponta norte do terreno.

O ambiente social se destaca das outras partes da casa. Ao contrário delas que são mais compartimentadas do que abertas para atender a demandas funcionais, o espaço de convívio expressa com clareza o conceito de planta livre. Sua subdivisão entre área de estar, jantar, biblioteca e ante-sala, ao invés de ser feita com paredes maciças, é sugerida através da disposição dos móveis e dos planos leves de materiais ricos como a madeira ébano e o mármore ônix. Estes ambientes integrados se ampliam para o exterior através das laterais envidraçadas. A vista privilegiada faz do local um verdadeiro belvedere.

Pautando a zona social, existem pilares cujo formato cruciforme e revestimento de aço polido produzem um efeito de desmaterialização da estrutura, quase negando a sua função. Esta estrutura consiste em um esqueleto de aço com lajes nervuradas que adquirem aspecto liso através de enchimento cerâmico. A malha estrutural tem dimensões predominantes de 4,9 x 5,5m. As vedações são em alvenaria revestida de reboco branco, vidro transparente e vidro leitoso. Os caixilhos são em ferro pintado de cor escura e a maioria das esquadrias apresenta bandeira para ventilação de inverno. Dois módulos do pano de vidro que faz o fechamento da área social podem ser inteiramente recolhidos através de um sistema que é acionado eletricamente. Todas as janelas têm sombreamento adequado, através de persianas ou toldos, ambos de enrolar, evitando que a casa esquente no verão.